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Internet avançada
9 de junho de 2003
A FAPESP lança este mês edital para a inscrição de grupos de pesquisadores no Programa Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada (Tidia). Criado em 2001, o programa quer estimular a pesquisa de novas tecnologias para a Internet, oferecendo a infraestrutura de rede de fibra óptica necessária para a realização de testes de equipamentos (hardware), desenvolvimento de software e criação de conteúdos acadêmicos digitais, com ênfase no ensino a distância.
O programa, que se apóia na cooperação entre centros de pesquisa e prevê parcerias com a iniciativa privada e o governo, tem três grandes áreas: infraestrutura de rede, conhecida como test bed, incubadora de conteúdos digitais e ensino a distância (e-learning).
Na primeira, os pesquisadores poderão usar fibras ópticas apagadas, isto é, inativas, para testes. "A rede será um campo de testes para avaliar, por exemplo, um equipamento para a ampliação de bandas de transmissão ou um protocolo de comunicação", observa Hugo Fragnito, coordenador da área de infraestrutura do Tidia.
A segunda área de pesquisa incluída no programa prevê apoio para pesquisas de desenvolvimento de software e conteúdos acadêmicos, beneficiando projetos de digitalização de bibliotecas, entre outros.
Por fim, na área de e-learning, o Tidia promoverá a interação entre os pesquisadores de ferramentas de software e os especialistas na confecção de material didático, para viabilizar, em meio eletrônico, um nível de eficácia similar ao da educação tradicional.
A FAPESP começa a assinar acordos com prestadores de serviços de telecomunicações para oferecer aos pesquisadores uma rede de fibra apagada, ligando, em um primeiro momento, São Paulo, Campinas e São Carlos, à velocidade de 400 gigabits por segundo. Para se ter uma idéia do que isso significa, basta lembrar que as conexões de banda larga domésticas operam a velocidades variáveis entre 256 kilobits e 2 megabits por segundo.
Mais informações: www.tidia.fapesp.br
Da revista PESQUISA FAPESP