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Edição de genes e saúde
Edição de Genes e Saúde é o tema do próximo programa Ciência Aberta, que será transmitido ao vivo na quinta-feira (04/10), a partir das 15 horas.
Os pesquisadores convidados são:
Mayana Zatz, professora do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e coordenadora do Centro de Pesquisas do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) apoiado pela FAPESP.
José Eduardo Krieger, professor titular de Genética e Medicina Molecular da Faculdade de Medicina da USP e diretor do Laboratório de Genética e Cardiologia Molecular do Instituto do Coração.
Vilma Regina Martins, superintendente de Pesquisa e chefe do grupo de Biologia Tumoral e Biomarcadores do A.C.Camargo Cancer Center.
Zatz, Krieger e Martins vão debater sobre avanços e desafios do uso de edição de genes em saúde.
Na década de 1970, a engenharia genética permitiu um progresso enorme no conhecimento de doenças humanas causadas por mutações em genes. Mais recentemente, o sequenciamento de genomas permitiu localizar a posição do gene alterado. Mas ainda faltava uma tecnologia para fazer uma cirurgia no genoma e consertar o gene.
É aí que entra em cena a edição de genes, capaz de promover alterações altamente específicas na sequência do DNA de um organismo.
A edição de genes é feita por meio do uso de enzimas, especialmente as chamadas nucleases, que são enzimas capazes de quebrar as ligações entre os nucleotídeos na molécula de DNA.
Uma das tecnologias mais importantes de edição gênica é chamada de CRISPR-Cas9, descoberta em 2012 a partir do estudo de propriedades de bactérias.
Essa nova tecnologia permite aos cientistas inserir, remover ou alterar material genético em locais específicos, de modo extremamente preciso. Além de eficiente, a tecnologia é rápida e de baixo custo, permitindo que seja usada em pesquisas nos laboratórios em diversos países, inclusive no Brasil.
A edição gênica por CRISPR-Cas9 tem revolucionado a capacidade dos pesquisadores de conhecer melhor as funções do genoma. Ainda mais importante do que isso é que ela tem sido experimentada para introduzir ou corrigir mutações genéticas. Tudo isso pode levar à descoberta de terapias e de alternativas que permitam a prevenção e o tratamento de doenças hoje consideradas incuráveis.
Realizado mensalmente, Ciência Aberta é produzido pela FAPESP em parceria com o jornal Folha de S.Paulo. O programa é exibido ao vivo pelo site da FAPESP, pela página da Agência FAPESP no Facebook e no YouTube e pelo site da TV Folha.
O programa é transmitido a partir do auditório da FAPESP, que recebe estudantes como convidados. Eles podem participar do programa enviando perguntas aos pesquisadores convidados. Durante o programa, perguntas do público externo também são recebidas pela página da Agência FAPESP no Facebook.
Mais informações: www.fapesp.br/ciencia-aberta.