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Seqüenciamento do Schistosoma mansoni ganha voto de aplauso no Senado Federal

24 de setembro de 2003

O Senado Federal inseriu voto de aplauso para os cientistas brasileiros que concluíram o seqüenciamento do genoma do Schistosoma mansoni, principal agente causador da esquistossomose, em projeto financiado pela FAPESP.

O voto de aplauso foi requerido pelo senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) e inserido em ata da sessão de 16 de setembro.

O gabinete do presidente do Senado Federal enviou um fax ao presidente da FAPESP, Carlos Vogt, assinado pelo presidente do senado, José Sarney (PMDB-AP), comunicando a homenagem.

Leia a seguir o texto do requerimento do senador Arthur Virgílio.

VOTO DE APLAUSO

"REQUERIMENTO Nº817, DE 2003

Requer VOTO de Aplauso aos cientistas brasileiros que mapearam o parasita da esquitossoma, num grande feito da ciência nacional, abrindo caminho para a produção de vacina contra a doença.

REQUEIRO, nos termos do art. 222, do Regimento Interno, e ouvido o Plenário, que seja consignado nos anais do Senado, VOTO DE APLAUSO à equipe de 37 cientistas brasileiros de oito centros de pesquisa - dois deles no exterior -, que, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), e depois de dois anos de pesquisas, lograram decifrar genes do esquitossoma. O trabalho usou estratégia brasileira, denominada Orestes de seqüenciamento. A pesquisa, coordenada por Sérgio Verjovski-Almeida, do Instituto de Química da Universidade de São Paulo, coloca o Brasil em posição de vanguarda, além de representar poderosa contribuição para extirpar doença que hoje infecta 10 milhões de brasileiros.

Requeiro, ademais, que o Voto de Louvor seja comunicado ao Cientista Sérgio Verjovski-Almeida e, por seu intermédio, aos demais cientistas que participaram da pesquisa, bem como a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, e, ainda, ao Excelentíssimo Senhor Governador Geraldo Alckmin.

Justificativa

O voto de aplauso que ora formulo justifica-se pelo largo alcance da descoberta científica brasileira, principalmente por representar novas e concretas esperanças de erradicação de doença que atinge na atualidade cerca de 10 milhões de pessoas em todo o País. Ademais, situa o Brasil em posição de grande relevo no meio científico internacional. Com a descoberta, o País já requereu patentes internacionais de 45 genes que podem ser alvo de novas drogas e dos 28 que podem ser usados no desenvolvimento de vacinas.

Sala das Sessões, 16 de setembro de 2003.

Senador ARTHUR VIRGÍLIO"