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FAPESP e Fapema assinam acordo

FAPESP e Fapema assinam acordo Fundações firmam convênio de cooperação científica e tecnológica. Chamada para projetos de pesquisa deverá ser divulgada em março (foto: Eduardo Cesar)

A FAPESP e a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) firmaram, nesta quinta-feira (5/2), um convênio de cooperação científica e tecnológica com o objetivo de apoiar projetos de pesquisa e intercâmbio entre pesquisadores dos dois estados. 

O documento foi assinado pelo presidente da FAPESP, Celso Lafer, e pelo presidente da Fapema, Sofiane Labidi. Participaram da cerimônia Ricardo Renzo Brentani, diretor-presidente, e Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, além de Sedi Hirano, membro do Conselho Superior da Fundação.

O edital para os projetos de pesquisa já está sendo elaborado e deverá ser divulgado em março. O convênio, com duração de cinco anos, prevê um aporte total de R$ 3 milhões, sendo que cada fundação investirá metade do valor.

“O convênio será voltado para algumas áreas prioritárias, como engenharia aeroespacial, tecnologia da informação e da comunicação, saúde e meio ambiente, nanotecnologia, biotecnologia, neurociência, biocombustíveis e agronegócio”, disse Labidi à Agência FAPESP.

O presidente da Fapema destacou que o convênio reforçará os diversos laços de cooperação existentes entre os dois estados. “O Maranhão mantém colaborações com São Paulo, principalmente na área aeroespacial, em Alcântara, além de outros intercâmbios nas áreas de saúde e neurociência”, disse.

De acordo com Lafer, faz parte do conjunto de atividades da FAPESP a tarefa de transmitir sua experiência de 46 anos para as fundações de fomento à pesquisa de outros estados. Segundo ele, o convênio cumpre essa função ao estreitar as relações entre as duas instituições, além de representar um impacto importante na formação de recursos humanos.

“Os Indicadores de Ciência, Tecnologia e Inovação em São Paulo, publicação da FAPESP, apontam que entre 18% e 20% dos pesquisadores que recebem bolsas da Fundação posteriormente vão para outros estados. Isso mostra o efeito positivo e aglutinador da FAPESP na formação de recursos humanos em todo o país”, disse.

Brentani apontou que o convênio poderá também ter um papel importante no fortalecimento institucional da Fapema. “Com o convênio, estamos sinalizando que atribuímos uma grande importância à ciência e à tecnologia feitas no Maranhão e à continuidade das atividades da Fapema. Acredito que isso poderá ser mais um apoio para sua consolidação institucional”, disse.

Segundo Brito Cruz, o principal objetivo do convênio – criar condições para que os cientistas paulistas colaborem com os maranhenses – vai ao encontro das políticas da Fundação.

“Nossa política na FAPESP é fazer com que os cientistas de São Paulo cooperem com os melhores pesquisadores de outros lugares. Tem-se falado muito na necessidade de criar redes. O melhor modo de fazê-las é articular convênios como esse”, afirmou.

Hirano ressaltou que o convênio poderá ajudar a impulsionar vocações locais. “Parte importante da ciência é feita por agências nacionais e internacionais, mas os estados têm um papel importante, porque são capazes de estimular uma ciência voltada para interesses regionais, com algumas linhas de pesquisa muito específicas”, afirmou.

O texto do convênio FAPESP-Fapema está em: www.fapesp.br/materia/4787


Página atualizada em 11/02/2009 - Publicada em 06/02/2009