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FAPESP recebe representantes da Universidade Hebraica de Jerusalém
Representantes da Universidade Hebraica de Jerusalém na FAPESP: aumento da parceria entre pesquisadores do Estado de São Paulo e de Israel (Yechezkel e Hanna Barenholz, Celso Lafer e Pablo Kizelsztein / foto: S. Antenor)
Professores da Universidade Hebraica de Jerusalém (HUJ, na sigla em inglês), com a qual a FAPESP mantém acordo de cooperação para pesquisa desde 2009, visitaram nesta terça-feira (21/10) a sede da Fundação, em São Paulo, a fim de discutir perspectivas de ampliação da parceria envolvendo pesquisadores dos dois países.
Eles discutiram aspectos do acordo mantido com a Fundação, que permitiu desde 2012 a realização de pesquisas conjuntas entre a HUJ, a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (UNESP).
Para o professor Yechezkel Barenholz, o apoio da FAPESP é fundamental às pesquisas no Estado de São Paulo, incluindo aquelas em parceria com instituições de outros países. “Esse suporte permite que projetos de pesquisa em áreas de interesse comum com Israel possam ser feitos em conjunto, envolvendo, além de infraestrutura, também a concessão de bolsas, para que haja mobilidade entre os pesquisadores, em nível internacional”.
De acordo com ele, a Universidade Hebraica de Jerusalém mantém diferentes acordos internacionais e vê nas instituições paulistas de fomento e de pesquisa uma excelente oportunidade de efetivar o intercâmbio de conhecimento com o Brasil.
“Temos interesse, sobretudo, em áreas que apresentem avanços tecnológicos, mas também na área ambiental e na área da saúde, em que já acontecem pesquisas em parceria, por exemplo, sobre Leishmaniose”, observou.
Para Pablo Kizelsztein, a pesquisa conjunta permite que as instituições tenham uma visão mais ampla dos benefícios do compartilhamento do conhecimento. “Há similaridades nas questões de Israel e do Brasil, mas há especificidades de um lado e do outro que também podem ser de grande interesse, do ponto de vista da pesquisa e de sua aplicação, por exemplo, em termos de patentes, inovação e produção de bens”.
Além das universidades, os representantes da HUJ observam que outras instituições, como o Instituto Butantan, poderiam ser parceiras da universidade israelense no desenvolvimento de vacinas em áreas de interesse dos dois países.
Segundo eles, também há interesse em pesquisas conjuntas nas áreas de energia e agricultura, para o desenvolvimento de matrizes mais limpas e sustentáveis e para elevar a produtividade de alimentos, com sistemas de irrigação em áreas desérticas, por exemplo.
Para Celso Lafer, a continuidade da parceria vai permitir ampliar o número de projetos de pesquisa apoiados pela Fundação, inclusive em áreas como as Humanidades. “Este é um importante aspecto a ser expandido no acordo entre a Universidade Hebraica de Jerusalém e a FAPESP. Áreas das humanidades também estão no foco do acordo, em futuras chamadas de propostas, para que pesquisas conjuntas sobre língua e literatura, por exemplo, possam ganhar força entre os pesquisadores de São Paulo e de Israel”.
Para isso, o professor Yechezkel Barenholz observa a importância da mobilidade entre os pesquisadores, no Brasil e em Israel, a fim de facilitar a troca e o desenvolvimento conjunto de conhecimento. “A cada ano, mais cientistas israelenses visitam o Brasil, para conhecer de perto o nível das pesquisas feitas no país. Isso tem gerado uma troca crescente, visto que o número de pesquisadores brasileiros que passam períodos nas universidades israelenses também tem aumentado significativamente”, finaliza.
Página atualizada em 22/10/2014 - Publicada em 22/10/2014