Notícias

• Home
• Notícias

Representantes da Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa (DFG) visitaram a sede da FAPESP na última quarta-feira (17/12), a fim de discutir a estrutura e a atuação da Fundação no fomento à pesquisa no Estado de São Paulo, bem como as similaridades ao apoio à pesquisa feito pela organização alemã.
 

Liderados por Peter Strohschneider, presidente da DFG, o grupo foi composto pelos professores Jörg Schneider, diretor da Divisão de Cooperação Internacional da DFG, Dietrich Halm, diretor da entidade para a América Latina, e Kathrin Winkler, responsável pelos programas da Sociedade Alemã de Amparo à Pesquisa.
 

A visita reflete o objetivo de intensificar a relação entre as duas instituições. “Buscamos afinar nossas ações conjuntas de financiamento às pesquisas, pois os mesmos princípios da FAPESP estão presentes na DFG, desde a sua concepção. Atendemos às demandas de pesquisa também de forma compartilhada, com organizações internacionais, do mesmo modo como faz a FAPESP”, disse Strohschneider, para quem São Paulo é um dos principais polos de interesse para os pesquisadores da Alemanha. 
 

De acordo com ele, a DFG investe em infraestrutura, projetos de pesquisa e congressos, além de manter apoio a 200 centros colaborativos. “Tomamos cuidado para garantir a qualidade e a abrangência das pesquisas, com diversidade de interesses. Em São Paulo, assim como na Alemanha, há uma atuação complementar com outras instituições, o que nos aproxima, permitindo que tenhamos certa mobilidade no contexto internacional”, concluiu.
 

Estiveram presentes no encontro os professores Celso Lafer, presidente da FAPESP, Eduardo Moacyr Krieger e Carlos Henrique de Brito Cruz, respectivamente vice-presidente e diretor científico da Fundação, e Euclides Mesquita Neto, coordenador adjunto da Área de Engenharia da FAPESP.
 

Para Brito Cruz, a complexidade dos diferentes programas e das modalidades de bolsa oferecidas pela Fundação, inclusive com bolsistas de outros países vinculados a programas de pesquisa em universidades no Estado de São Paulo, encontra semelhanças com ações da DFG.
 

“Há muitas similaridades entre o sistema de financiamento à pesquisa em São Paulo e na Alemanha. O Plano de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo garante um planejamento de 15 anos, permitindo saber não apenas onde estamos, mas para onde queremos ir e como faremos para chegar onde queremos”, afirmou Brito Cruz.
 

Ele citou como exemplo a Excellence Initiative, sistema que ajuda a diferenciar a qualidade da pesquisa e a manter a solidez das instituições científicas. Em 2011, a FAPESP organizou a conferência The German Excellence Initiative, conduzida pelo então presidente da DFG, Matthias Kleiner.

 

A DFG é a organização central da pesquisa científica na Alemanha, com atuação voltada à promoção da ciência em todas as áreas, por meio do fomento de projetos de pesquisa básica em universidades e centros científicos.
 

A FAPESP firmou um Acordo de Cooperação para a Pesquisa com a DFG em setembro de 2006, que foi prorrogado até 2016. Já foram feitas três chamadas de propostas no âmbito do Acordo, com 12 projetos de pesquisa aprovados, nove dos quais já concluídos.
 

A cooperação entre FAPESP e DFG resulta em atividades como projetos conjuntos de pesquisa conduzidos por cientistas, estudantes ou grupos de pesquisa em ambos os países, atividades de intercâmbio que ajudam na elaboração de projetos de pesquisa cooperativos e à mobilidade de jovens cientistas. 
 

Desde 2011, como parte da estratégia de internacionalização da instituição, a DFG mantém um escritório em São Paulo voltado à colaboração com toda a América Latina. 
 

Atualmente, além da DFG, a FAPESP mantém acordos de cooperação com outras instituições da Alemanha, como o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) e o Ministério de Estado de Ciências, Pesquisa e das Artes do Estado Livre da Baviera (STMWFK). 
 

Em outubro, durante a última edição da FAPESP Week, em Munique, a FAPESP também firmou acordos de cooperação com a Fraunhofer Society, com a Universidade de Münster (WWU) e o Ministério Federal de Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF).