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SP desafia empresas a desenvolverem armadilha tecnológica contra o mosquito da dengue e coração artificial

São Paulo, 26 de outubro de 2017 - Desenvolver uma armadilha tecnológica apropriada para monitorar o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, seja para controle ou remoção de grandes quantidades do meio ambiente. O desafio é se chegar a um dispositivo com características que incluem a sustentabilidade ambiental e custo acessível, por exemplo, e possa ser usado em programas de vigilância e controle de vetores no Estado de São Paulo.

Outro desafio envolvendo a doença é criar um game interativo, para dispositivos móveis, capaz de conscientizar e atrair a população, a ponto de os jogadores fornecerem ao serviço público de controle e vigilância informações sobre eventuais focos do mosquito da dengue. Mais instigante ainda é desenvolver no país um coração artificial auxiliar, que possa ser implantado. Importado, esse dispositivo hoje pode ter custo de cerca de R$ 500 mil, segundo o Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia.

Esses são três dos 55 desafios incluídos em uma chamada para que pequenas empresas apresentem propostas de apoio à pesquisa ao programa PIPE (Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas), da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisado Estado de São Paulo), e ao Pitch Gov, uma iniciativa do Governo de São Paulo.

A parceria Pitch Gov-FAPESP prevê desafios somente na área da saúde. No total, a fundação reservou até R$ 10 milhões para apoiar projetos de pesquisa para o desenvolvimento de soluções inovadoras envolvendo questões de relevância pública. A atual chamada tem inscrições abertas até o dia 4 de dezembro.

O apoio é destinado a pesquisadores vinculados a empresas de pequeno porte, com até 250 empregados. Na primeira fase do projeto, eles podem conseguir até R$ 200 mil para demostrar, em até nove meses, a viabilidade tecnológica e comercial do desafio em questão. Depois, na segunda fase, de execução de pesquisas visando o desenvolvimento de um produto processo ou serviço inovador, o apoio pode chegar a R$ 1 milhão ao longo de 24 meses.

Em relação à engenhoca tecnológica contra o mosquito transmissor, por exemplo, o objetivo é encontrar uma solução que permita que órgãos públicos planejem, junto com os atuais programas da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias) que focam a eliminação de criadouros do Aedes, ações de controle do mosquito sem uso de inseticida.

O benefício será a possibilidade de obter uma nova base de dados sobre a espécie, a ser usada para nortear tomada de decisões, além de permitir a avaliação da efetividade da atual aplicação de inseticidas contra o mosquito.

Os outros desafios incluem questões como o desenvolvimento de ultrassom de baixo custo, o que permitiria ampliar a oferta desse tipo de exame em postos de saúde, e até mesmo a produção de um coração artificial implantável.

Todos os desafios estão disponíveis em https://fapesp.br./11243 e serão tema de reunião programada para o próximo dia 30, quando pesquisadores terão oportunidade de esclarecer dúvidas sobre a apresentação de projetos.

 

Sobre a parceria Pitch Gov-FAPESP

A FAPESP e a Secretaria de Governo do Estado de São Paulo assinaram no mês passado um acordo para o lançamento de uma chamada conjunta para apoiar projetos de pesquisa científica e tecnológica voltados ao desenvolvimento de soluções inovadoras para questões de relevância pública.

O Pitch Gov SP foi lançado no final de 2015 em parceria com a Associação Brasileira de Startups, com o objetivo de identificar soluções inovadoras desenvolvidas por pequenas empresas de base tecnológica – startups – para enfrentar os desafios da administração pública nas áreas de Educação, Estatística e análise de dados, Finanças públicas, Habitação, Saneamento e Energia, Saúde, Transparência e Transportes. 

 

Gerência de Comunicação da FAPESP / Assessoria de Comunicação

João Carlos da Silva / jsilva@fapesp.br / 11 3838 4381

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