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Morre Rosely Prado, gerente de Importação e Exportação da FAPESP
Rosely Aparecida Figueiredo Prado, gerente de Importação e Exportação da FAPESP, morreu na noite de segunda-feira (25/03), em São Paulo, aos 58 anos de idade.
O velório e cremação foram realizados na terça-feira (26/03) no Cemitério e Crematório Horto da Paz, em Itapecerica da Serra. Rose, como era conhecida na FAPESP, completaria 40 anos de trabalho na Fundação em 2 de abril. Deixa três filhos – Raissa, Renata e Renan – e muitos amigos.
“Todos os pesquisadores do Estado de São Paulo reconhecem a tradicional eficiência da FAPESP para resolver importações. Grande parte desse sucesso se devia à Rose”, disse Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP.
“Rose tinha uma dedicação enorme à FAPESP e transformou a área de importação da Fundação em uma referência do apoio à pesquisa em São Paulo. Ela fará muita falta", disse Carlos Américo Pacheco, diretor-presidente do Conselho Técnico e Administrativo (CTA) da Fundação.
"Em seus quase 40 anos de dedicação à FAPESP, Rose foi uma das pessoas cuja atuação foi fundamental para o sucesso da instituição. O reconhecimento de seus méritos é unânime entre colegas de trabalho e membros da comunidade científica: sua capacidade de trabalho, sua liderança, sua dedicação, sua lealdade. Organizar e gerir o sistema de importações da FAPESP, com notória eficiência, gozando de plena credibilidade perante os órgãos públicos envolvidos, foi uma contribuição inestimável dada pela Rose, contando sempre com a empenhada e competente equipe, atuando em perfeita harmonia sob sua liderança", disse Fernando Menezes de Almeida, diretor administrativo da FAPESP.
“Rose foi uma colaboradora exemplar. Sua contribuição ao desenvolvimento científico e tecnológico do Estado foi sempre determinante, liderando com eficácia a Gerência de Importação e Exportação da FAPESP. Milhares de pesquisadores em São Paulo devem a ela seu acesso a equipamentos e materiais essenciais para a pesquisa. Rose se dedicou a contribuir para criar melhores condições para a pesquisa em São Paulo, sempre criando soluções eficazes e viabilizando a importação, desde pequenos volumes de reagentes até um navio oceanográfico – para este último precisou passar algumas semanas em Seattle, Estados Unidos, obtendo a liberação da importação. Ao longo de sua carreira, esteve sempre bem-humorada e empenhada em achar soluções”, disse Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP
“Rose era uma colaboradora muito dedicada e leal à FAPESP, sempre disposta a ajudar todos os que a procuravam: pesquisadores, dirigentes, colegas de trabalho. Grande conhecedora das normas para importação de equipamentos e materiais para a pesquisa. Teve participação total e imprescindível na aquisição e importação do navio Alpha Crucis para pesquisa oceanográfica. Passou muitos dias, acompanhando pessoalmente todas as tratativas junto a autoridades consulares do Brasil nos Estados Unidos, bem como junto às empresas exportadoras que participaram, para viabilizar a vindo do navio para o Brasil”, disse Joaquim de Camargo Engler, coordenador técnico do gabinete do diretor-presidente do CTA, que trabalhou com Rose ao longo de 26 anos, desde que assumiu o cargo de diretor administrativo da Fundação, em 1993.
Formada em Serviço Social, Rosely era totalmente engajada em sua atividade na FAPESP, mantendo importantes interações com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Comunicações (MCTIC), o Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e outras agências públicas. “Muitas vezes, o CNPq pedia que ela participasse de debates sobre melhoria das importações”, recorda-se Engler.
“A Rose foi um exemplo de comprometimento profissional e um grande estímulo a todos nós”, disse Tosca Carusi, analista administrativa da diretoria da presidência do CTA, que ingressou na FAPESP junto com Rose, em 1979.
“Ela nos tratava como filhos e tratava a FAPESP como se fosse sua casa”, disse Rogerio Ferreira, analista administrativo da gerência de Importação e Exportação, que trabalhou com Rose por 17 anos.
Alpha Crucis
Um período marcante na vida de Rose foi o que dedicou às complicadas tramitações relativas à compra e reforma do navio oceanográfico Alpha Crucis, adquirido pela FAPESP por meio do Programa de Equipamentos Multiusuários (EMU). Na época, a revista Pesquisa FAPESP publicou reportagem sobre a saga de Rose em Seattle, nos Estados Unidos.
O então diretor do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (IOUSP), o professor Michel Michaelovitch de Mahiques, estabeleceu com Rose uma amizade duradoura, fruto da estreita colaboração.
"Rose tinha, na sala dela, uma foto do Alpha Crucis, navio da USP que ela mais do que ajudou a concretizar. Na fase mais complicada, ao final da reforma do navio, em Seattle, ela não arredou o pé, até que o navio partisse para sua primeira expedição. Foram anos de desafios que pareciam impossíveis de resolver, e que a Rose transformou em sonhos possíveis. Nunca ouvi dela um ‘não dá para fazer’”, disse Mahiques. “A FAPESP perde um de seus maiores exemplos de dedicação à instituição e eu perco uma amiga muito querida, e que sempre teve uma palavra de incentivo e entusiasmo.”