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Ciclo ILP-FAPESP discute a ciência e a gestão dos resíduos sólidos

O manejo adequado de resíduos sólidos gera impactos positivos em várias frentes e precisa ser encarado como uma questão urgente. Soluções que buscam alternativas aos lixões já entraram na pauta do dia. A transformação dos resíduos traz a possibilidade de produção de energia e, também, de criação de emprego e renda com ganhos importantes para o meio ambiente e para a sociedade.

A “Ciência e a Gestão de Resíduos Sólidos” é o tema do próximo Ciclo ILP-FAPESP de Ciência e Inovação. Resultado de uma parceria entre o Instituto do Legislativo Paulista e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, o evento acontecerá no próximo dia 26, das 15h às 17h, na Assembleia Legislativa de São Paulo, e contará com a participação de quatro palestrantes.

O pesquisador Valdir Schalch, do departamento de Engenharia Hidráulica e Saneamento da Escola de Engenharia de São Carlos da USP, tratará das perspectivas e desafios pós-promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, definida pela lei 12.305, de agosto de 2010. A partir da regulamentação, que ocorreu no mesmo ano, ficou estabelecido que todos os municípios brasileiros devem apresentar seu Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos. O professor apresentará as várias técnicas que podem ser empregadas. Entre elas estão a compostagem; os processos de destruição térmica como incineração e pirólise; a biometanização, que é a degradação da matéria orgânica por microorganismos; e o aterro de reservação, onde os materiais são triados e reservados para uso futuro.

No Brasil, resíduos agroindustriais subaproveitados poderiam ser responsáveis por mais de 70% do potencial de produção de biogás do país, segundo a palestrante Bruna de Souza Moraes, pesquisadora do Núcleo Interdisciplinar de Planejamento Energético da Unicamp. A tecnologia do biogás torna possível a conversão de resíduos em bioenergia e bioprodutos, que contribuem para o desenvolvimento sustentável. A produção de biogás, como alternativa para gestão de resíduos, se destaca no cenário da chamada bioeconomia, que reúne todos setores da economia que utilizam recursos biológicos. “Resíduos, bioenergia e bioprodutos compõem a base do conceito de biorrefinarias”, diz.

O pesquisador Jorge Tenório, da Escola Politécnica da USP, abordará os projetos voltados para a reciclagem de equipamentos tecnológicos. Os equipamentos eletroeletrônicos estão cada dia mais presentes na vida das pessoas. Boa parte dos produtos consumidos – lâmpadas de LED, carros e telefones entre outros - contêm componentes tecnológicos. Nesse contexto, ocorre uma crescente geração de resíduos em um ciclo de vida relativamente curto. Equipamentos com materiais de alto valor agregado demandam processos de reciclagem sofisticados.

O sistema de telemetria e rastreabilidade da Rederesíduos, que desenvolveu uma plataforma tecnológica para gestão de resíduos sólidos urbanos em cidades inteligentes, será apresentado por Francisco Luiz Biazini Filho, sócio da empresa apoiada pelo programa de Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da FAPESP. O objetivo desse produto é articular produção, coleta de resíduos recicláveis e empresas que utilizam esses materiais. O sistema informa o momento mais adequado para a coleta de lixo descartado em lixeiras públicas ou em condomínios. Com o auxílio de um software é possível acompanhar o resíduo desde a origem até a destinação final. Segundo Biazini Filho, o sistema pode gerar uma economia na coleta dos resíduos sólidos – reciclável, compostável e rejeito – de até 30%.

Evento: A Ciência e a Gestão de Resíduos Sólidos

Data: 26 de agosto
Local: Auditório Teotônio Vilela
Horário : das 15h às 17h
Inscrições : https://www.al.sp.gov.br/ilp/detalheAtividade.jsp?id=5265 (inscrição gratuita com vagas limitadas)

Gerência de Comunicação da FAPESP / Assessoria de Comunicação

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Heloisa Reinert / hreinert@fapesp.br / 11 3838 4151


Página atualizada em 22/08/2019 - Publicada em 22/08/2019