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Luiz Eugênio Mello assume a Diretoria Científica da FAPESP English version
Luiz Eugênio Araújo de Moraes Mello assume nesta segunda-feira (27/04) o cargo de diretor científico da FAPESP. Ele substitui Carlos Henrique de Brito Cruz, que ocupava o cargo desde 2005.
Empossado em meio à pandemia de COVID-19 e durante período de quarentena, Luiz Eugênio Mello afirma que, em sua gestão, a FAPESP seguirá “trajetória de excelência” e de indutora de mudanças e que tem planos de otimizar processos, reduzir a burocracia e aumentar a capilaridade de atuação da instituição.
“O novo diretor científico assume com apoio unânime do Conselho Superior, em um momento extremamente delicado, em que a sociedade brasileira enfrenta uma crise sanitária, econômica e política sem precedentes. Nós temos certeza de que o professor Luiz Eugênio Mello será bem-sucedido nesse encargo, tendo em vista a sua liderança e sua experiência pregressa no mundo acadêmico, científico e tecnológico. Sabemos que os próximos meses exigirão cautela na execução das atividades-fim da FAPESP, para assegurar a viabilidade financeira da Fundação, ao mesmo tempo em que cumpre sua missão no panorama de ciência e desenvolvimento do Estado de São Paulo”, disse Marco Antonio Zago, presidente da FAPESP.
“Este é um momento muito importante para a FAPESP, pois pela primeira vez, em uma década e meia, passamos por uma transição na Diretoria Científica, e desejo tornar público, em nome do Conselho Superior, nosso reconhecimento à atuação do professor Carlos Henrique de Brito Cruz à frente da Diretoria Científica, marcada sempre pela seriedade, busca da qualidade e forte defesa da ciência para a solução dos problemas da sociedade”, disse Zago.
Luiz Eugênio Mello é graduado em medicina pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) (1982), com mestrado (1985) e doutorado em biologia molecular (1988) pela mesma universidade e pós-doutorado em neurofisiologia na Universidade da Califórnia (UCLA) (1988-1991), nos Estados Unidos.
Livre-docente (1994) e professor titular de Fisiologia (1998), Luiz Eugênio Mello foi membro do Comitê de Assessoramento de Biofísica, Bioquímica, Farmacologia, Fisiologia e Neurociências (CA-BF) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) (2000-2003) e coordenador adjunto da Diretoria Científica da FAPESP (2003-2006).
É membro titular da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (Aciesp) desde 2007 e da Academia Brasileira de Ciências (ABC) desde de 2010, no mesmo ano em que foi condecorado com a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.
Integra o Conselho Deliberativo do CNPq, o Conselho Deliberativo do Sebrae-SP, o Conselho de Administração do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), o Conselho Superior do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), o Conselho Consultivo do Centro de Inovação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGVIn), o Conselho da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e o Conselho da Tibet House Brasil. É editor setorial do Brazilian Journal of Medical and Biological Research.
Foi pró-reitor de Graduação da Unifesp (2005-2008), presidente da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE) (2007-2011), conselheiro da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) (2014-2017) e vice-presidente da Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (Anpei) (2016-2018).
Luiz Eugênio Mello foi também diretor de Tecnologia e Inovação da Vale (Vale S.A.) e responsável pela implantação do Instituto Tecnológico Vale (2009-2018), diretor de Pesquisa e Desenvolvimento do IDOR (2018-2020) e diretor da Agência de Inovação Tecnológica e Social (AGITS) da Unifesp (2019-2020). Atua nas áreas de plasticidade neuronal, epilepsia, degeneração neuronal e gestão de C&T.
Escolhido por unanimidade pelo Conselho Superior da FAPESP, Luiz Eugênio Mello foi nomeado pelo governador João Doria em decreto publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo em 6 dezembro de 2019.
Leia a entrevista de Luiz Eugênio Mello à revista Pesquisa FAPESP.