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Ciclo ILP-FAPESP debate a educação para o trabalho

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) alerta sobre o alto índice de jovens entre 18 e 24 anos (faixa que compreende os jovens em idade universitária) que nem estudam e nem trabalham, principalmente entre as mulheres. Em média, nos países da OCDE, 14,7% desses jovens não frequentam a escola ou têm emprego. No Brasil, a situação é pior: o valor correspondente é de 24,4%.

Durante o evento, que será realizado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, diferentes perspectivas na área da educação para o trabalho ajudarão a compor um panorama sobre quais são as questões mais atuais para a superação desse cenário.

O evento é uma parceria entre a FAPESP e o Instituto do Legislativo Paulista (ILP), com o objetivo de divulgar a ciência produzida em São Paulo e no Brasil e contribuir com a elaboração de políticas públicas em diversas áreas. O debate será também transmitido ao vivo pelos canais da ALESP e do ILP no YouTube. Os participantes poderão encaminhar perguntas aos convidados do evento pelo e-mail cicloilp@fapesp.br.

Segundo Ana Inoue, superintendente do Itaú Educação e Trabalho, uma das debatedoras convidadas, a democratização da educação profissional de qualidade é imprescindível uma vez que as novas economias levam o futuro do trabalho para um cenário de mudanças constantes que exigem atualizações e formação ao longo da vida. “O Brasil ainda é um país com mais jovens do que idosos, com a possibilidade de transformar seu futuro de modo a gerar prosperidade e bem-estar a todos. Para isso, precisamos cuidar das juventudes do país e dar a elas perspectiva de desenvolvimento pessoal e profissional para que sejam uma geração adulta capaz de cuidar do nosso país, da nossa democracia, da Amazônia, das nossas riquezas e transformar todas as nossas vantagens potenciais em realidade”, diz.

A formação técnica é uma das portas de entrada para o mercado de trabalho. Laura Laganá, diretora-superintendente do Centro Paula Souza (CPS), vai traçar um panorama sobre os investimentos do Governo de São Paulo e os avanços da Educação Profissional e Tecnológica (EPT) no Estado. Ela falará sobre as vantagens da modalidade e o diferencial das carreiras técnicas e tecnológicas no mercado de trabalho, incluindo as oportunidades geradas para as populações mais vulneráveis. “Para um jovem nascido em uma família de baixa escolaridade, uma vaga em um curso técnico representa a possibilidade de construir um futuro melhor. Uma pesquisa recente demonstrou que profissionais com uma formação técnica conseguem aumentar a renda em cerca de 32% em comparação a quem tem somente o ensino médio no currículo”, diz.

José Alberto Cuminato, doInstituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP São Carlos, vai apresentar algumas das estratégias de formação de recursos humanos em ciências de dados e inteligência artificial para suprir a demanda que os cursos de graduação das universidades não conseguem atender. Várias instituições oferecem essa formação por meio de cursos do tipo MBA e treinamento técnico. O Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação da USP, por exemplo, já formou mais de 600 profissionais desde que o MBA em Ciências de Dados foi criado em 2020. As universidades estaduais paulistas, juntamente com o SENAI-SP e o Instituto AI2, por meio do CPA Centro de Dados para a Indústria Inteligente, têm proposta para oferecer essa formação por meio de vários cursos do tipo MBA e treinamento técnico.

Data: 06/05/2024

Horário: das 15h às 17h

Local: Assembleia Legislativa de São Paulo - Plenário José Bonifácio

Av. Pedro Álvares Cabral, 201 – 1° andar

Transmissão ao vivo: https://www.youtube.com/watch?v=CjpqwAF4Eg0

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