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Ciclo ILP-FAPESP debate os desafios da sustentabilidade urbana

A busca do desenvolvimento sustentável pelas cidades exige um esforço amplo para se obter soluções para os desequilíbrios existentes. Diagnósticos bem elaborados são fundamentais para as transformações, que precisam levar em conta tanto a macro como a microescala urbana. As pesquisas aplicadas oferecem ferramentas para a implementação de políticas públicas que buscam impulsionar programas sustentáveis.

Na próxima segunda-feira, em evento na Assembleia Legislativa de São Paulo a partir das 15h, três pesquisadores irão unir esses pontos e propor abordagens para que os desafios impostos pelo impacto das ações humanas no ambiente urbano sejam enfrentados.

O Ciclo é uma parceria entre a FAPESP e o Instituto do Legislativo Paulista (ILP), com o objetivo de divulgar a ciência produzida em São Paulo e no Brasil e contribuir com a elaboração de políticas públicas em diversas áreas. O debate de segunda-feira, além da audiência presencial, poderá ser acompanhado ao vivo pelos canais da ALESP e do ILP no YouTube. Os participantes poderão encaminhar perguntas aos convidados do evento pelo e-mail cicloilp@fapesp.br.

O Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR) é uma ferramenta para identificar os desafios e os avanços das cidades brasileiras a partir de 100 indicadores de bases públicas. “A ferramenta possibilita identificar ainda desigualdades territoriais no país a partir de diferentes escalas, desde o nível local, até o estadual, regional e nacional”, diz Jorge Abrahão, diretor-presidente do Instituto Cidades Sustentáveis, que desenvolveu a metodologia.

O objetivo do instituto é, por um lado, mobilizar e, por outro, comprometer a sociedade e o poder público na busca do desenvolvimento justo e sustentável das cidades. Abrahão destaca a importância das cidades para responder aos desafios globais relacionados à redução de desigualdades, ao aprofundamento da democracia e da participação e no combate aos efeitos das mudanças climáticas.

A arquiteta Karin Regina de Castro Marins, professora da Escola Politécnica da USP, afirma que a atuação no planejamento e gestão urbana prescinde de instrumentos e processos adequados a várias escalas. Elas vão das regiões aos bairros, ou seja, da macro à micro escala urbana. “Também requer uma abordagem interdisciplinar ou intersetorial, atuando de forma sistêmica sobre os desafios e potenciais das cidades, para promover a eficiência no uso dos recursos, o balanço ambiental e a qualidade de vida, mediante inclusão e participação social”, diz.

A pesquisadora explica que os bairros configuram unidades de planejamento e gestão para promoção da sustentabilidade urbana. Isso porque o uso e ocupação do solo, infraestrutura e serviços urbanos, além da participação comunitária mais direta, ocorrem nesses espaços.

“A ciência, através de pesquisas aplicadas, é capaz de gerar evidências para elaborar políticas públicas urbanas mais eficientes, eficazes e justas”, diz José Antônio Puppim de Oliveira, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo/FGV. Ele ressalta que a capacidade dos municípios e estados para inovar e desenvolver políticas públicas para melhorar as condições de vida nas cidades é resultado de aprendizagem organizacional, que melhora, inova e dissemina o conhecimento. “Ciência, tecnologia e inovação são fundamentais para vencer os desafios da sustentabilidade urbana”, afirma.

Data: 05/08/2024

Horário: das 15h às 17h

Local: Assembleia Legislativa de São Paulo - Plenário José Bonifácio

Av. Pedro Alvares Cabral, 201 – 1° andar

Transmissão ao vivo:

Canal da Alesp no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=3Jfx21ytXTg

Canal do ILP no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=1ok45f2evwU

Gerência de Comunicação da FAPESP / Assessoria de Comunicação
João Carlos da Silva / jsilva@fapesp.br
Heloisa Reinert / hreinert@fapesp.br / 11 96639-2552


Página atualizada em 16/08/2024 - Publicada em 16/08/2024