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Ciclo ILP-FAPESP discute estratégias de diagnóstico, tratamento e prevenção da Aids

O Ciclo ILP-FAPESP encerra o ano com um debate sobre a produção científica e as políticas públicas aplicadas tanto na prevenção como no tratamento de pessoas que vivem com o vírus HIV. Quatro décadas após o início da epidemia de HIV/Aids é importante celebrar as conquistas, mas há muito a ser feito.

O avanço do conhecimento científico sobre a infecção pelo HIV e a Aids possibilitou o desenvolvimento da prevenção combinada, uma estratégia que utiliza simultaneamente diferentes métodos e ações. A pesquisadora Lucia Yasuko Izumi Nichiata, da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, detalha que essa abordagem inclui testes regulares para o HIV, prevenção da transmissão vertical – que ocorre quando o feto ou a criança é infectada durante a gestação, parto ou amamentação – , tratamento de infecções sexualmente transmissíveis e hepatites virais, imunização contra hepatites A e B, redução de danos para usuários de álcool e outras drogas, profilaxia pré-exposição (PrEP), profilaxia pós-exposição (PEP) e tratamento para todas as pessoas que vivem com HIV.

“Um dos principais desafios é implementar essa estratégia de prevenção nos 645 municípios do Estado de São Paulo, especialmente em áreas com populações vulneráveis socialmente. Ampliar o acesso à prevenção e analisar as barreiras e facilitadores para a implementação dessas ações em diferentes territórios são pontos cruciais para a eliminação da aids”, diz.

O pesquisador Ricardo Sobhie Diaz, da Escola Paulista de Medicina/UNIFESP, ressalta que hoje a expectativa de vida de uma pessoa vivendo com HIV é normal em comparação a quem não foi infectado pelo vírus. “A gente continua avançando para ter melhores tratamentos, mas o objetivo é viver num mundo sem HIV e Aids e, para isso, precisamos contar com uma vacina que possa prevenir e curar as pessoas que vivem cronicamente com o HIV”, diz. “Há pelo menos sete casos de pessoas curadas no mundo com transplante de medula e avançamos muito rapidamente para ter outras intervenções que sejam mais escaláveis e com menos efeitos colaterais”.

A aposta num tratamento que traga a cura em um futuro breve é aguardada com ansiedade, mas existem outras questões. “Ainda enfrentamos desafios significativos para alcançar a eliminação da Aids como problema de saúde pública. O estigma e a discriminação permanecem como barreiras importantes ao acesso às diversas estratégias de prevenção e tratamento oferecidas pelo Sistema Único de Saúde”, diz Rosa de Alencar Souza, do Centro de Referência e Treinamento DST/Aids-SP. Segundo ela, é necessário um esforço coletivo que aborde o estigma, combata as desigualdades e considere os determinantes sociais, aliando esses aspectos à inovação tecnológica acessível a todas as pessoas, em especial às mais vulnerabilizadas.

A edição de dezembro do Ciclo ILP-FAPESP ocorrerá no Plenário José Bonifácio, da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, e haverá transmissão ao vivo pelos canais da ALESP e do ILP no YouTube (links abaixo). O Ciclo foi criado para debater temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação e é dirigido à sociedade, legisladores, gestores públicos e interessados nos assuntos abordados.

Data: 2/12/2024

Horário: das 15h às 17h

Evento no formato híbrido

Assembleia Legislativa de São Paulo – Plenário José Bonifácio

Av. Pedro Álvares Cabral, 201 – 1° andar

Transmissão ao vivo:

Canal da Alesp no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=lVxJUkR11O8

Canal do ILP no YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=P4pZALR4cqk

Gerência de Comunicação da FAPESP / Assessoria de Comunicação
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