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Programa BIOEN-FAPESP discute ampliação de estudos em bioenergia
Cientistas da USP, Unesp, Unicamp, das Universidades de Nottingham e Birmingham, no Reino Unido, irão se reunir na próxima segunda-feira, 14/5, na sede da FAPESP, em um workshop realizado em conjunto com o Centro Paulista de Pesquisa em Bioenergia (CPPB) para relatar resultados de pesquisas em andamento sobre bioenergia e identificar mais oportunidades de cooperação em projetos de pesquisa atuais e futuros. Organizado pelo Conselho de Reitores das Universidades Estaduais de São Paulo (Cruesp) e pelo Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN), o encontro também procura estimular a pesquisa interdisciplinar e ampliar o contingente de pesquisadores envolvidos com o tema.
O workshop conjunto acontece no momento da divulgação de Chamada de Propostas prevista nos acordos de cooperação assinados entre a FAPESP e as universidades do Reino Unido, em maio de 2011, para apoiar pesquisa cooperativa. O interesse da Chamada é selecionar projetos sobre energia sustentável, captura e armazenamento de carbono, energia nuclear, óleo e gás, política energética, e também em áreas como segurança alimentar, economia e negócios no mundo globalizado, química verde e novas drogas, neurociências, astronomia e matemática.
Durante o encontro serão feitas reuniões de trabalho, nas quais serão avaliados o andamento dos projetos e das parcerias e publicações. Entre os principais temas a serem debatidos estão biologia de sistemas, etanol celulósico (quebra de fibras p/ produção de celulose), biomassa, agronomia, bioenergia do lixo, biorrefinarias e economia de fazenda. As palestras serão feitas por Nigel Minton e David Archer, da University of Nottingham, Lynne Macaskie e Regina Santos, da University of Birmingham, Edgar Beauclair, da Esalq/USP, Igor Polikarpov, do Instituto de Física de São Carlos/USP, além de Luis Augusto Barbosa Cortez, da Unicamp, e Jonas Contiero, da Unesp.
Pesquisa em bioenergia
Para reforçar o objetivo do workshop haverá também a participação do Centro Paulista de Pesquisa em Bioenergia (CPPB). Criado em 2010 como um desdobramento do BIOEN, o CPPB aumentou a base científica de pesquisa em energia obtida a partir de biomassa. Mantido pela FAPESP, pelo Governo do Estado de São Paulo e pelas três universidades estaduais paulistas, o Centro recebe recursos da USP, da Unicamp e da Unesp, repassados pelo governo do Estado, para que sejam usados para a construção de laboratórios, reformas e compra de equipamentos.
As universidades vão contratar pesquisadores em diversas vertentes da bioenergia, enquanto a FAPESP assumiu a missão de selecionar e financiar os projetos vinculados ao CPPB. “Atualmente as três universidades estão organizando editais para contratar os primeiros 17 pesquisadores do Centro, sendo sete nas unidades da USP, cinco na Unicamp e cinco na Unesp”, diz Luis Cortez, professor da Unicamp e coordenador do Centro. Esse número deve chegar a cerca de 50, à medida que forem feitos novos investimentos.
Um exemplo é o Centro de Biologia Sintética e Sistêmica da Biomassa, na USP, idealizado em 2008 pelos pesquisadores Glaucia Souza, Marie-Anne Van Sluys e Marcos Buckeridge, que vai reunir pesquisadores dos institutos de Química, de Matemática e Estatística, de Biociências, de Ciências Biomédicas, e da Escola Politécnica. A biologia sintética combina biologia e engenharia para construir novas funções e sistemas biológicos. “A intenção é investir numa área em que o Brasil ainda não tem grande expertise e envolver pesquisadores de várias disciplinas”, diz Glaucia Souza, para quem as discussões servirão para fortalecer as relações entre pesquisa e aplicação também na área de bioenergia.
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