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FAPESP e Conselho de Pesquisa Ambiental britânico divulgam apoio a pesquisas sobre a degradação de florestas tropicais

Com a presença do conselheiro-chefe para Assuntos Científicos do Gabinete de Ciência e Tecnologia do Reino Unido, Sir John Beddington, dirigentes de instituições de pesquisa do Reino Unido e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP, anunciam amanhã, 19/6, na sede da Fundação, o lançamento de chamada de propostas para desenvolver estudos no Programa sobre Processos da Biodiversidade e de Ecossistemas em Florestas Tropicais Modificadas pelo Homem (Biodiversity and Ecosystem Processes in Human-Modified Tropical Forests), que irá apoiar projetos de pesquisa de campo em Sabah, Malásia, e no Brasil para investigar como as mudanças em florestas tropicais afetam a biodiversidade, os serviços ambientais e o clima.

Na mesma ocasião, serão assinados acordos de cooperação para pesquisa científica e tecnológica entre a FAPESP e as universidades britânicas de Londres (Instituto de Educação), Edimburgo e Bangor. Os acordos têm vigência de cinco anos e preveem o financiamento por até dois anos a projetos de excelência e impacto, executados em colaboração entre pesquisadores apoiados pela FAPESP e pelas instituições do Reino Unido.

Pesquisa comparada

A parte baseada no Brasil do programa para pesquisas em florestas tropicais será colocada em prática por meio de parceria entre a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP, e o NERC, um dos sete Conselhos de Pesquisa do Reino Unido (RCUK, em inglês), dedicado ao apoio à pesquisa na área ambiental.

O objetivo do programa no país é investigar se as metodologias e abordagens de pesquisa adotadas na Malásia podem ser aplicadas a estudos sobre efeitos das mudanças nas florestas sobre a biodiversidade e o funcionamento de ecossistemas de biomas no Brasil, como Cerrado e Pantanal. O investimento da FAPESP e do NERC serão equivalentes, totalizando cerca de R$ 10 milhões ao longo de cinco anos. O Conselho Britânico já está investindo cerca de R$ 20 milhões em pesquisas na Malásia, em colaboração com o Projeto SAFE (Stability of Altered Forest Ecosystems Project).

Para Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da FAPESP, “a assinatura do acordo com o NERC na semana em que acontece a Rio+20 não poderia ser mais adequada. Os resultados de pesquisa científica darão subsídios ao manejo florestal e às decisões políticas de governos e da indústria sobre a conservação da biodiversidade e o aumento dos estoques de carbono nas florestas, que são objetivos-chave para o Brasil no programa REDD, da ONU, para redução de emissões pelo desmatamento e da degradação de florestas em países em desenvolvimento”.

John Ingram, líder da área de Segurança Alimentar do NERC, afirma que “a colaboração com a FAPESP é importante não apenas porque permitirá maior capacidade de compreender e administrar globalmente importantes ecossistemas brasileiros, mas porque permite que estudos em cooperação realizados no Brasil e na Malásia resultem em conhecimento aplicável em todas as regiões tropicais”.

A contribuição da FAPESP para apoio à pesquisa em florestas tropicais brasileiras fará parte das atividades dos programas BIOTA e sobre Mudanças Climáticas Globais, ambos mantidos pela Fundação, e poderá utilizar a infraestrutura criada pela FAPESP, tanto na Mata Atlântica como em regiões amazônicas onde apoia estudos do Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA).

Anúncio de chamada de propostas do Programa sobre Processos da Biodiversidade e de Ecossistemas em Florestas Tropicais Modificadas pelo Homem e de acordos de cooperação da FAPESP com as Universidades de Londres, Edimburgo e Bangor, no Reino Unido.

Onde: FAPESP, Rua Pio XI, 1.500, Alto da Lapa, São Paulo, SP.

Quando: 19/6/2012, das 10h às 12h

Informações para imprensa:

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