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Boeing, Embraer e FAPESP divulgam Plano de Ação com oportunidades e desafios para viabilizar biocombustíveis para aviação

São Paulo, 10 de junho de 2013 – Identificar as lacunas e barreiras relacionadas a pesquisa, produção, transporte e uso de biocombustíveis sustentáveis para aviação é o objetivo do relatório elaborado por Boeing, Embraer e FAPESP e apresentado nesta segunda-feira (10/6). O documento, intitulado Plano de Voo para Biocombustíveis de Aviação no Brasil: Plano de Ação, aponta rumos para o desenvolvimento de uma indústria de biocombustíveis para o setor aéreo no Brasil e é resultado de uma série de oito workshops realizados entre maio e dezembro de 2012, em São Paulo, Belo Horizonte, Piracicaba, Campinas, São José dos Campos, Rio de Janeiro e Brasília, envolvendo a indústria, companhias aéreas, universidades e institutos de pesquisa, entre outros stakeholders.

O relatório visa, ainda, oferecer recursos para atender à meta da indústria de aviação de crescimento neutro de carbono até 2020 e uma redução de 50% nas emissões de CO2 até 2050 – tendo como base os níveis de 2005. Para isso, recomenda os seguintes caminhos:

- preencher lacunas de pesquisa e desenvolvimento na produção de matérias-primas sustentáveis;

- incentivar a superação de barreiras nas tecnologias de conversão, incluindo questões de aumento de escala;

- promover maior envolvimento e interação entre setor privado e governo;

- criar uma estratégia nacional para fazer do Brasil um país líder no desenvolvimento de biocombustíveis de aviação.

Pesquisadores e representantes brasileiros e estrangeiros da indústria aeronáutica, de empresas aéreas, de produtores e de agências governamentais avaliaram as oportunidades e desafios tecnológicos, diferentes matérias-primas, meios de conversão e logística, bem como a viabilidade econômica e sustentável para o desenvolvimento desse tipo de combustível no Brasil. O estudo multidisciplinar foi coordenado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Os especialistas indicam, por exemplo, a necessidade de pesquisas que levem ao desenvolvimento e uso de matérias-primas sustentáveis, que contenham açúcares, amido e óleo, mas também resíduos como lignocelulose, resíduos sólidos e gases de exaustão.

“A Boeing está comprometida em trabalhar em parceria com o Brasil para desenvolver tecnologias que possam ser usadas em escala global e essa parceria é mais um passo para a conquista dessa meta”, afirma Donna Hrinak, presidente da Boeing Brasil.

O envolvimento dos setores privados e governamentais é destacado como de extrema importância para a viabilidade da incorporação de combustíveis sustentáveis pelas empresas aéreas, além de ser imprescindível uma estratégia nacional para que o Brasil se transforme em líder no desenvolvimento desse tipo de combustível para aviação.

“Esse projeto confirma o potencial do Brasil para desenvolver e fornecer biocombustíveis de aviação, graças à sua larga experiência em bioenergia”, sintetiza o vice-presidente executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer, Mauro Kern. “O estudo aponta para os desafios que precisam ser superados para que isso se concretize, os quais demandarão intensa colaboração entre os setores envolvidos”.

Um dos principais pontos apresentados indica que as pesquisas deverão ser conduzidas conjuntamente entre as instituições envolvidas, o que exigirá estratégias compartilhadas, resultando em pesquisas inovadoras e determinantes para o desenvolvimento e a consolidação dos biocombustíveis de aviação no Brasil.

Para o presidente da FAPESP, Celso Lafer, o projeto é um passo importante para o avanço do desenvolvimento de pesquisas conjuntas entre empresas e universidades. “A FAPESP tem participado ativamente para a criação de uma relação profícua entre universidades, institutos de pesquisa e empresas, apoiando a parceria e a inovação por meio de diversos programas, e a pesquisa para o desenvolvimento dos biocombustíveis de aviação no Brasil certamente será um marco nessa relação”.

O biocombustível resultante desse processo deve ser do tipo drop-in, ou seja, que possa ser adicionado ao combustível fóssil nas estruturas já existentes, como dutos, tanques e bombas, além dos próprios aviões, sem qualquer tipo de incompatibilidade ou necessidade de modificações.

A divulgação aconteceu na sede da FAPESP, com a participação de Donna Hrinak, presidente da Boeing do Brasil, Al Bryant, vice-presidente de Pesquisa e Tecnologia da empresa, Mauro Kern, vice-presidente executivo de Engenharia e Tecnologia da Embraer, Fernando Ranieri, diretor de Desenvolvimento Tecnológico da Embraer, Celso Lafer, presidente da FAPESP, e Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor Científico da Fundação.

Sobre a Boeing

A Boeing é a maior empresa aeroespacial do mundo e líder na fabricação de aeronaves comerciais e sistemas de defesa, espaciais e de segurança. A empresa emprega mais de 170 mil pessoas nos Estados Unidos e em 70 países. No Brasil, a Boeing está presente por meio de dois escritórios, em São Paulo e em Brasília, abertos em outubro de 2011. Para mais informações, visite www.boeing.com.br.

Sobre a Embraer

A Embraer S.A. é uma empresa líder na fabricação de jatos comerciais de até 120 assentos e uma das maiores exportadoras brasileiras. Com sede em São José dos Campos, no Estado de São Paulo, mantém escritórios, instalações industriais e oficinas de serviços ao cliente no Brasil, China, Estados Unidos, França, Portugal e Singapura. Fundada em 1969, a Embraer projeta, desenvolve, fabrica e vende aeronaves e sistemas para os segmentos de aviação comercial, aviação executiva e defesa e segurança. A Empresa também fornece suporte e serviços de pós-vendas a clientes em todo o mundo. Para mais informações, visite o site www.embraer.com.br.

Sobre a FAPESP

A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) é uma fundação pública com a missão de apoiar a pesquisa e o desenvolvimento científico e tecnológico no Estado de São Paulo. Isto é feito por meio de projetos de pesquisa desenvolvidos em universidades e instituições de pesquisa, em todos os campos do conhecimento. Para mais informações, visite o site www.fapesp.br

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