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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), no âmbito do Programa BIOTA-FAPESP de pesquisa para caracterização, conservação e uso sustentável da biodiversidade no Estado de São Paulo, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e o IPBES realizam, de 10 a 13 de julho, na sede da Fundação, a Reunião Regional da América Latina e Caribe da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistemas (IPBES).

O encontro discutirá formas de integrar profissionais e instituições de pesquisa da América Latina e do Caribe que atuam na área da biodiversidade para produção de diagnósticos regionais que irão compor um relatório sobre a biodiversidade em nível global. Os documentos regionais conterão as particularidades dos países da região, que acumulam um terço da biodiversidade do Planeta e o conhecimento tradicional de povos indígenas e pré-colombianos.

A articulação regional envolve ainda importantes centros de pesquisa e de integração de dados da biodiversidade localizados em países da América Latina e do Caribe, como o Instituto Nacional de Biodiversidade (INBio), da Costa Rica, Comissão Nacional para o Conhecimento e Uso da Biodiversidade (CONABIO), do México, Instituto Humboldt, da Colômbia, Instituto de Ecologia e Biodiversidade (IEB), do Chile, e o BIOTA-FAPESP, do Brasil.

A IPBES é um organismo intergovernamental independente com a função de organizar o conhecimento científico sobre a biodiversidade acumulado no mundo para subsidiar decisões políticas em âmbito mundial – trabalho semelhante ao que tem sido feito sobre mudanças climáticas nos últimos 20 anos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês). A reunião regional em São Paulo irá apresentar a estrutura e as funções da IPBES para a capacitação profissional e institucional em biodiversidade e serviços ecossistêmicos.

A reunião será aberta ao público no dia 11 de julho. Zakri Abdul Hamid, presidente do IPBES, fará conferência sobre a interface ciência-política da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos; Maria Manuela Carneiro da Cunha, da Universidade de Chicago, tratará da contribuição de conhecimentos tradicionais e locais à IPBES; e Charles Davies, coordenador regional do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente fará apresentação sobre o PNUMA. Nos outros três dias haverá encontros fechados sobre questões específicas, com a participação prevista de 30 representantes de países da região filiados à IPBES, de comunidades tradicionais, da comunidade acadêmica e de ONGs.

Sobre a IPBES

A implantação da IPBES foi definida em junho de 2010 durante uma reunião realizada em Busan (Coreia do Sul). A proposta de sua criação foi ratificada em outubro de 2010, na 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 10), realizada em Nagoia (Japão), e posteriormente referendada na Reunião da Assembleia Geral das Nações Unidas. Em outubro de 2011, a primeira sessão plenária da IPBES foi realizada em Nairóbi (Quênia), na sede do PNUMA.

Criada oficialmente em abril de 2012, após oito anos de negociações internacionais, a IPBES é organizada em três estruturas fixas. O secretariado do órgão é gerenciado por quatro programas da Organização das Nações Unidas (ONU): PNUMA, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO).

A IPBES tem também uma diretoria e o Painel Multidisciplinar de Especialistas (MEP, na sigla em inglês), para o qual Carlos Joly, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do programa BIOTA-FAPESP, foi eleito diretor em junho passado.

Gerência de Comunicação da FAPESP / Assessoria de Comunicação

Fernando Cunha /11.3838-4151

Samuel Antenor / 11.3838-4381

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