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BIOTA-FAPESP Educação realiza conferências sobre ambientes marinhos e costeiros
O BIOTA-FAPESP, programa de pesquisa sobre a biodiversidade criado em 1999 pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, realiza em 24 de outubro, na sede da Fundação, a partir das 14 horas, três palestras sobre Ambientes Marinhos e Costeiros. Este é o oitavo ciclo de conferências de 2013 sobre biomas e ambientes brasileiros do BIOTA-FAPESP Educação, vertente do Programa voltada para a melhoria do ensino da ciência da biodiversidade.
As palestras apresentam dados atualizados sobre o estado desses ambientes e sua conservação, com espaço para debates com a plateia. A programação é aberta a estudantes, alunos e professores do ensino médio, alunos de graduação e pesquisadores.
O ciclo sobre Ambientes Marinhos e Costeiros terá conferências de três professores da Universidade de São Paulo (USP): Mariana Cabral de Oliveira, do Instituto de Biociências, Maria de Los Angeles Gasalla, do Instituto Oceanográfico, e Roberto Berlinck, do Instituto de Química de São Carlos. Os temas tratados são a diversidade, ameaças e uso sustentável da flora e da fauna da costa brasileira e os organismos marinhos como fonte de novas moléculas para a indústria de fármacos e cosméticos.
Os ambientes marinhos e costeiros do Brasil não constituem um bioma porque têm características muito variadas ao longo de mais de oito mil quilômetros de costa. As paisagens são formadas por praias, costões rochosos, recifes de coral, falésias, dunas, lagoas costeiras, estuários, manguezais e ilhas.
Nestes cenários, uma rica biodiversidade está presente na vegetação rasteira de praias – o jundu –, que sobrevive à salinidade vinda do mar; nas restingas, terrenos arenosos e salinos formados por sedimentação situados na transição das praias para a Mata Atlântica; nos recifes de coral; e no solo lamacento e frequentemente inundado que sustenta a vida dos manguezais nos estuários dos rios.
O uso dessa biodiversidade, em atividades como a pesca e o turismo e para a alimentação, tem reflexos na cultura e estilo de vida dos habitantes de ambientes costeiros e consequências para a vida de ecossistemas. A concentração de aproximadamente 130 milhões de habitantes na faixa litorânea – 65% da população do País – exerce uma pressão permanente sobre o ambiente, apesar da mobilização da sociedade para preservação de espécies e ecossistemas e dos programas de proteção e unidades de conservação existentes.
Cultura científica e cidadania
O ciclo de conferências BIOTA-FAPESP Educação 2013 apresenta, em linguagem acessível, o conhecimento gerado em 13 anos de pesquisas científicas realizadas pelo programa para aumentar o conhecimento sobre a biodiversidade e criar mecanismos para sua conservação, recuperação e uso sustentável. Desde o início deste ano, as conferências abordaram conceitos, valores e ameaças à biodiversidade e trataram de seis biomas: Pampa, Pantanal, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia.
“A sociedade contemporânea é fundamentada no conhecimento como instrumento de riqueza, e a educação científica, desde a formação fundamental, é crucial para desenvolver capacidades e atitudes indispensáveis à vida dos cidadãos”, diz Carlos Joly, coordenador do BIOTA-FAPESP e pesquisador do Instituto de Biologia da Unicamp.
Em 13 anos de pesquisas, o Programa BIOTA-FAPESP caracterizou 12 mil espécies e identificou outras 1.800. Os pesquisadores ligados a mais de 100 projetos apoiados pela FAPESP publicaram 20 livros, dois atlas e mapas. Esse conjunto de informações subsidia a formulação de políticas públicas de conservação ambiental no Estado de São Paulo.
Ciclo de Conferências BIOTA-FAPESP Educação
Ambientes Marinhos e Costeiros
Data e horário: 24 de outubro, das 14 às 17h
Local: Auditório da FAPESP, rua Pio XI, 1500, Alto da Lapa
Programação: eventos/biota_ambientesmarinhos
Confirmação de presença: ww.fapesp.br/eventos/biota_ambientesmarinhos/inscricao
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