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FAPESP Week na Alemanha vai debater pesquisa colaborativa com o Brasil
A Alemanha, país com o qual o Brasil tem longa tradição de parceria na área de ciência e tecnologia, vai sediar a próxima edição da FAPESP Week, simpósio que reunirá pesquisadores dos dois países entre os dias 15 e 17 de outubro em Munique, capital do Estado da Baviera.
O evento será promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), uma das principais agências brasileiras de fomento à pesquisa, em conjunto com o Centro Universitário da Baviera para a América Latina (BAYLAT). Durante três dias, pesquisadores de ambos os países estarão reunidos no Deutsches Museum, um dos mais importantes da Alemanha, para discutir estudos nas áreas de biotecnologia, nanotecnologia, fotônica, energia e relações entre sociedade e meio ambiente.
Apesar do sólido relacionamento já existente entre pesquisadores do Estado de São Paulo e da Alemanha, o simpósio terá como objetivo aumentar ainda mais os estudos e projetos feitos em cooperação com universidades e institutos de pesquisa daquele país.
Para isso, pesquisas apoiadas pela FAPESP serão apresentadas e debatidas com pesquisadores de diferentes instituições alemãs. Do mesmo modo, cientistas alemães vão mostrar um pouco do que fazem atualmente em áreas complementares à pesquisa desenvolvida em São Paulo com apoio da Fundação.
A proposta do simpósio é criar oportunidades para conectar pesquisadores que atuam nas instituições de ensino e pesquisa localizadas em São Paulo com seus colegas na Alemanha, a fim de que desenvolvam estudos conjuntos em temas relevantes para os dois países, nas mais diferentes áreas do conhecimento.
O simpósio em Munique faz parte de um esforço contínuo da FAPESP pela internacionalização da pesquisa brasileira. Para isso, a Fundação tem feito acordos com instituições de pesquisa internacionais, além de agências de fomento e empresas em países conhecidos pela alta qualidade de sua produção científica e tecnológica.
Desde 2011, a FAPESP já organizou simpósios científicos nesses mesmos moldes em Washington, Morgantown, Cambridge, Charlotte, Chapel Hill, Raleigh (Estados Unidos), Toronto (Canadá), Salamanca e Madrid (Espanha), Tóquio (Japão), Londres (Reino Unido) e Pequim (China).
Histórico de cooperação
Atualmente, a FAPESP mantém acordos de cooperação com três instituições de fomento à pesquisa da Alemanha, o mais antigo deles com o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD), firmado em 1988. Um acordo com a Fundação Alemã de Pesquisa Científica (DFG) está em vigor desde 2006, e outro, com o Ministério de Estado de Ciências, Pesquisa e das Artes do Estado Livre da Baviera (STMWFK), foi firmado em 2012.
Para o presidente da FAPESP, Celso Lafer, a Alemanha tem sido um dos mais importantes atores do desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro, o que passa necessariamente pela parceria em pesquisa.
“As instituições de ensino e pesquisa do Estado de São Paulo apresentam uma elevada capacidade de desenvolver conhecimento, o que as coloca em destaque no Brasil para o estabelecimento de parcerias com instituições congêneres alemãs, que estão entre as mais avançadas do mundo em termos de ciência e tecnologia. A FAPESP Week em Munique reforça antigos laços, mas, sobretudo, aponta para a intensificação dessa cooperação, que é estratégica para instituições e pesquisadores dos dois países”, observa.
Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação, destaca o histórico de parcerias em pesquisa que envolve instituições dos dois países.
“A FAPESP mantém acordos de cooperação científica com a Alemanha há mais de vinte anos, com intercâmbio de pesquisadores e concessão de bolsas para a realização de projetos conjuntos de alto impacto científico. A FAPESP Week em Munique cria novas oportunidades para pesquisa colaborativa, aumentando a visibilidade das oportunidades na Baviera, na Alemanha, e na Europa”, diz.
Programação
O evento terá início no dia 15 de outubro, com a abertura da exposição Brazilian Nature – Mistery and Destiny, dedicada à divulgação da biodiversidade brasileira, no Foyer da Biblioteca do Deutsches Museum.
O presidente da Fundação Alemã de Pesquisa Científica (DFG), Peter Strohschneider, e o coordenador da área de engenharia da FAPESP, Euclides de Mesquita Neto, farão a abertura das sessões de palestras, no dia 16 de outubro, quando haverá também apresentações do vice-presidente da Sociedade Max Planck, Ferdi Schüth, e do diretor científico da FAPESP, que vai mostrar aos alemães um panorama da ciência e tecnologia produzida no Estado de São Paulo.
Um painel sobre colaboração científica internacional, redes de excelência em universidades e boas práticas de pesquisa, moderado pelo diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo da FAPESP, José Arana Varela, terá como debatedores o diretor científico da Fundação, Carlos Henrique de Brito Cruz, Raoul Klinger, diretor internacional de desenvolvimento de negócios da Sociedade Fraunhofer, além de Enno Aufderheide, secretário geral da Fundação Alexander von Humboldt, e Christian Müller, diretor do departamento de estratégia do DAAD.
Em seguida, pesquisadores dos dois países vão participar de um painel sobre biotecnologia, nanotecnologia e fotônica, apresentando pesquisas que serão debatidas ainda no primeiro dia das sessões de palestras, com temas como epigenética, novas drogas no combate a doenças degenerativas, novidades em imunoterapia de câncer, nanolasers, cristais fotônicos, nanomedicina e nanopartículas.
No dia 17 de outubro, as apresentações dos participantes estarão centradas em duas áreas: energia e relações entre sociedade e meio ambiente. Entre os temas das apresentações estarão estudos sobre combustíveis renováveis, flexibilização das matrizes energéticas, sequenciamento genômico de biomateriais, desenvolvimento rural sustentável, uso de carbono, pesticidas e resíduos sólidos, entre outros.
A programação completa do evento pode ser conferida no endereço week2014/munich/. A participação é aberta ao público, mediante inscrição.
Alemanha e biodiversidade brasileira
A histórica parceria em pesquisa entre cientistas dos dois países estará representada também na exposição Brazilian Nature – Mistery and Destiny. Resultado de uma parceria entre a FAPESP e o Museu Botânico de Berlim, a exposição Brazilian Nature mostra o trabalho de documentação feito pelo naturalista alemão Carl Friedrich Philipp von Martius (1794-1868), um dos mais destacados naturalistas do século 19 e um dos mais importantes pesquisadores da flora brasileira.
A documentação produzida por Martius durante seu período de pesquisa no Brasil, onde ficou por três anos e percorreu dez mil quilômetros em diferentes regiões do país, foi toda reunida na obra Flora brasiliensis, publicada entre 1840 e 1906. Após 174 anos da publicação de seu primeiro volume, a obra permanece como o mais completo levantamento da flora brasileira, ainda utilizado na identificação de plantas do Brasil e da América do Sul.
O trabalho do naturalista deu origem também ao projeto Flora Brasiliensis On-line e Revisitada, que inclui a atualização da nomenclatura utilizada no trabalho original de Martius e a inclusão de espécies descritas depois de sua publicação, com novas informações e ilustrações recentes.
A exposição apresenta também uma comparação das imagens produzidas no século 19 com fotografias atuais de plantas e biomas, além de retratar alguns dos resultados de pesquisas realizadas no âmbito do projeto Flora fanerogâmica do Estado de São Paulo e do programa BIOTA-FAPESP, que reúne pesquisas sobre caracterização, conservação, recuperação e uso da biodiversidade do Estado de São Paulo.
Concebida com base nos dados provenientes desses três projetos, todos apoiados pela FAPESP, a exposição é composta por 37 painéis, com reproduções de imagens e ilustrações e textos explicativos. Na Alemanha, antes de chegar ao Deutsches Museum em Munique, a mostra foi exibida também em Berlim, Bremen, Leipizig, Heidelberg, Eichstätt e Erlangen.
A exposição Brazilian Nature também já foi vista em Toronto (Canadá), Washington, Cambridge, Morgantown, Charlotte, Chapel Hill e Raleigh (Estados Unidos), Salamanca e Madri (Espanha), Tóquio (Japão), Londres (Reino Unido) e Pequim (China).
Em Munique, a exposição abre ao público no dia 15 de outubro, no Foyer da Biblioteca do Deutsches Museum, onde poderá ser vista até o dia 6 de janeiro de 2015. Os painéis digitalizados da exposição podem ser vistos com legendas em português, inglês, alemão, espanhol, japonês e mandarim no endereço: publicacoes/braziliannature/
Sobre o BAYLAT
O Centro Universitário da Baviera para América Latina (BAYLAT), instituição do Ministério da Ciência, Pesquisa e Arte do Estado da Baviera com infraestrutura da Universidade Friedrich-Alexander de Erlangen-Nuremberg, é uma organização estadual de serviços que incentiva as relações entre as instituições de ensino superior do Estado Livre da Baviera e da América Latina.
O BAYLAT coordena contatos entre instituições de ensino superior da Baviera e da América Latina, divulgando as instituições de ensino superior da Baviera em feiras e eventos acadêmicos em diferentes países da região. O BAYLAT informa sobre bolsas de estudo e possibilidades de obtenção de recursos externos para projetos, oferece assessoria especializada sobre linhas de pesquisa, ofertas de cursos, possibilidades de intercâmbio e cooperação científica com a América Latina. Além de organizar encontros científicos e oferecer ajuda de custo de viagem e programas de estágios, visando incentivar o intercâmbio estudantil entre a Baviera e a América Latina.
O BAYLAT promove ainda o intercâmbio de delegações dos âmbitos acadêmico, científico e o setor governamental, assessorando e organizando missões científicas e institucionais, e oferece seminários acerca da candidatura para estágios e competência intercultural a estudantes da Baviera interessados no intercâmbio com Argentina, Brasil, Chile e México.
Mais informações em www.baylat.org
Sobre a FAPESP
Criada em 1962, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) está entre as mais importantes agências de fomento à Ciência e Tecnologia do Brasil. Mantida pela transferência de 1% das receitas tributárias do Estado de São Paulo, a Fundação atua diretamente com a comunidade científica paulista em todas as áreas do conhecimento, apoiando propostas de pesquisa selecionadas com base na revisão por pares (peer review), metodologia que utiliza pareceres emitidos por pesquisadores brasileiros e estrangeiros como base para decisões sobre o financiamento de projetos.
O apoio é dado a pesquisas em todas as áreas das ciências, bem como tecnologia, engenharia, artes e humanidades. A FAPESP também apoia pesquisas em áreas consideradas estratégicas para o Brasil, por meio de programas em grandes temas, como biodiversidade, mudanças climáticas e bioenergia.
Em 2013, o dispêndio da FAPESP para o apoio a projetos de pesquisa foi superior a R$ 1,1 bilhão. Do desembolso anual da Fundação, 52% são investidos em pesquisas e projetos com vistas à aplicação, incluindo em pequenas empresas, projetos em parceria entre universidades e empresas, e também para subsidiar a formulação de políticas públicas. Outros 39% são destinados para o avanço do conhecimento, enquanto 9% são direcionados para infraestrutura.
Para saber mais, acesse www.fapesp.br
FAPESP Week Munich Data: 15, 16 e 17 de outubro de 2014 Local: Deutsches Museum Programa: week2014/munich/program Inscrição: eventos/munich/registration Exposição Brazilian Nature Data: 15/10/2014 a 06/01/2015 Local: Foyer da Biblioteca do Deutsches Museum Mais informações: publicacoes/braziliannature/ |
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