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Definidas empresas que participarão da construção do Sirius

O resultado da seleção pública para o desenvolvimento do novo anel acelerador Sirius, em construção no Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), em Campinas, interior de São Paulo, foi anunciado pela FAPESP e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Por meio de um edital, foram selecionadas oito pequenas empresas, que desenvolverão treze projetos de pesquisa para atender alguns dos desafios científicos e tecnológicos especificados pela equipe de projeto do Sirius – um equipamento com tecnologia pioneira no mundo, com maior brilho e condições experimentais de fronteira.

O objetivo é que as empresas escolhidas ofereçam tecnologia avançada para o desenvolvimento de peças, produtos, processos e serviços, com tecnologia inovadora. O apoio oferecido pela FAPESP e pela Finep qualifica fornecedores aumentando a capacidade tecnológica das empresas selecionadas.

Os recursos alocados para financiamento no edital são da ordem de R$ 40 milhões, sendo 50% com recursos da Finep e 50% com recursos da FAPESP. O valor total individual solicitado por proposta poderá ser de até R$ 1,5 milhão.

O Sirius será formado por um conjunto de aceleradores de elétrons de última geração e por até 40 estações experimentais, instalados em um edifício em forma de anel com 518,4 metros de circunferência e área de 68 mil metros quadrados. Uma das primeiras fontes de luz síncrotron consideradas de 4ª geração, o Sirius é composto por um acelerador síncrotron de 3 GeV e 0.28 nm radiano de emitância.

Essa nova fonte terá brilho comparável ou melhor do que todas aquelas em construção ou recentemente construídas nas Américas, Europa e Ásia, permitindo que o Brasil se mantenha competitivo pelos próximos 20 anos. Entre todos os de sua classe de energia em operação no mundo, o equipamento de Campinas terá o maior brilho.

A construção do Sirius já foi iniciada e a expectativa é de que em 2017 seja iniciada a montagem dos aceleradores, para que o primeiro feixe de luz seja emitido em 2018.

O equipamento permitirá desvendar com precisão a estrutura atômica de proteínas de diversos materiais, fazer imagens de tomografias com resolução manométrica, obter resolução para saber que elementos químicos há em determinados materiais, identificar falhas em um semicondutor e estudar tecidos animais para pesquisa em medicina, entre muitas outras possibilidades.

O critério para a seleção das empresas considerou as propostas que atenderam os requerimentos técnicos para 20 desafios tecnológicos do projeto, que envolvem desde a fabricação da câmara de alto vácuo até dispositivos de microfocalização, passando por sistemas de guias de onda e módulos de fenda.

As empresas escolhidas para desenvolvimento e fornecimento dos equipamentos são a Atmos Sistemas, de São Paulo, a Equatorial Sistemas, de São José dos Campos, a Omnisys Engenharia, de São Bernardo do Campo, a FCA Brasil e a Luxtec Sistemas Opticos, de Campinas, a Engecer e a Opto Eletrônica, ambas de São Carlos, e a Macnica DHW, em sua unidade da capital paulista.

O resultado do edital pode ser conferido em www.fapesp.br/9574

Gerência de Comunicação da FAPESP / Assessoria de Comunicação

Fernando Cunha / 11.3838-4151

Samuel Antenor / 11.3838-4381


Página atualizada em 26/10/2022 - Publicada em 13/07/2015